Para Sempre

      




Titulo: Para Sempre
Autor: Kim e Krickitt Carpenter
Páginas: 144
Ano: 2013
Editora: Novo Conceito
Traduzido por: 
Resenha escrita por: Taiane Souza
Download do livro em PDF: Para Sempre








Sim, tem um filme. Não! A história não é a mesma.

O primeiro ponto que deixou-me muito chateada com o filme é que ele tira toda a essência dos personagens. O que pode ser um ponto positivo também, já que você tem uma história nova para ler e apesar de imaginar o fim, surpreende-se.

Eles não se conhecem numa fila para pagar contas (se não me engano), como no filme, muito menos moram em locais próximos para que ele a ofereça uma carona.

Bem, vamos ao livro. Na primeira página do livro você já percebe as diferenças, vou citar umas mas com cuidado para não dar muito spoiler.

“Quando Krickitt disse “bom dia”, parecia que ela realmente desejava que eu tivesse um bom dia. E a voz dela até mesmo se parecia com a de um grilo¹,  animada e cantarolante.”

¹ A palavra "grilo" em inglês é cricket, e é pronunciada da mesma forma que o nome da personagem.

“Nossa conversa terminou, mas eu não parava de pensar naquela garota chamada Krickitt. Havia algo de diferente e especial naquela voz e na personalidade dela que eu não conseguia realmente explicar. Percebi que aquele não era apenas um emprego para ela; era como se fosse uma missão. Era como se ela houvesse decidido ser a pessoa mais atenciosa e prestativa com quem seus clientes pudessem conversar, todos os dias. Se fosse assim, então, para mim, ela era um sucesso estrondoso.”

Pois sim, ele apaixona-se pela voz dela sem nem tê-la visto, justamente por sentir a energia dela. Isso não é algo que acontece todos os dias e nem que é levado a sério quando acontece.
Estes são trechos das duas primeiras páginas do livro onde você já sente a diferença. Daí você pensa, mas tudo bem, sempre mudam, isso é detalhe. Mas não para por aí. Quando digo que eles tiraram a essência dos personagens, é por esta parte:

“Depois de alguns meses de amizade, ela escreveu isto: “Você disse que eu posso perguntar qualquer coisa a você, então preciso ser honesta, Kimmer. Tenho muita fé, quero dizer, a fé e o cristianismo são muito importantes para mim. Não me vejo tendo um relacionamento de verdade com uma pessoa que não crê. […] Ser cristã era o centro da sua vida. E, honestamente, adorei aquilo nela.”

Esta é a essência dos personagens, não só dela, mas dele também. E no filme, isto não existe. Em nenhum momento é mencionado isto no filme, muito pelo contrário. O centro da vida dela é ser artista e eles casam-se num museu de arte moderna (se não me engano de novo) e isto é totalmente diferente do livro. Com essa parte eu já percebi que o livro seria completamente diferente do que vi no filme. E não pense que levou tempo, tudo isso é do primeiro capítulo do livro.

Logicamente, a história que segue é totalmente voltada à fé deles. Toda a paciência que ele teve com ela durante a recuperação foi pela promessa que tinha-lhe feito quando casaram. E ela, só esforçou-se para ficar com ele, mesmo não lembrando quem ele era, porque orava muito sobre isto. Apesar de ser tão birrenta quanto no filme, talvez até mais. 
 No livro, ela realmente tenta pela fé que ela tem, pelas coisas que anotava em seu diário. E tem vários trechos do diário dela no livro.
E o livro não termina com eles voltando a viver juntos, como no filme. Depois ainda tem alguns capítulos com um super resumo da vida deles depois de terem resolvido as coisas.

“Acho que a história se manteve viva por todo esse tempo porque é um relato de esperança, do tipo que está sempre em falta no mundo, e pelo qual sempre há uma forte demanda. Seria muito fácil, para qualquer um de nós, desistir durante aquele anos e sombrios, durante e depois do acidente, mas isso não aconteceu. Não sou nenhum herói. Cometi erros, assim como qualquer pessoa, e eu não seria quem eu sou hoje sem a minha fé e confiança em Deus. Essa história não é sobre mim, e também não é sobre Krickitt. É sobre a fé, e como ela nos guiou desde uma época terrível até uma vida que é melhor do que jamais poderíamos ter imaginado. É sobre o comprometimento.”

A história é realmente linda. O tipo de história que eu viveria (tirando a parte do acidente e tals). Mas isso não poderia ser feito porque é o acidente que faz a história. É um livro que vale muito a pena ser lido. Ainda mais por quem curte um romance e uma demonstração de que o amor não é banal, de que as dificuldades devem ser enfrentadas e que com fé é muito mais fácil seguir.

“Todos têm momentos em que sentem como se estivessem à deriva, abandonados mesmo… Mas não é verdade. Não para quem tem fé.”

Bom, esse é o livro. Esta é a resenha. Espero que leiam e contem aqui o que acharam também ;)

Beijos e até logo 

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